Entre idas a banhos, para os que já gozam as merecidas férias, e últimos retoques nas teses a entregar em Setembro, o blogue do Católica Finance Club suspende a sua actividade até ao arranque do próximo ano lectivo.
Entre idas a banhos, para os que já gozam as merecidas férias, e últimos retoques nas teses a entregar em Setembro, o blogue do Católica Finance Club suspende a sua actividade até ao arranque do próximo ano lectivo.
Tropecei neste conceito quando fazia uma pesquisa na Investopedia e achei muito interessante:
'Hot Waitress Economic Index'
An index that indicates the state of the economy by measuring the number of attractive people working as waiters/waitresses. According to the hot waitress index, the higher the number of good looking servers, the weaker the current state of the economy. It is assumed that attractive individuals do not tend to have trouble finding high-paying jobs during good economics times. During poor economic times, these jobs will be more difficult to find and therefore more attractive people will be forced to work in lower paying jobs such as being waiters/waitresses.
Fonte: http://www.investopedia.com/terms/h/hot-waitress-economic-indicator.asp#ixzz1z87WDkfK
Será que esta medida se aplica também em Portugal? A julgar pelo bar da Católica, diria que não... eheh
Infelizmente, mas como seria de esperar, não há ninguém a publicar esta estatística - apesar de ser possivelmente um leading indicator, e por isso interessante.
Para os mais curiosos, aqui fica uma lista de predictors igualmente alternativos (a explicação detalhada e alguns dados podem ser lidos nesta notícia da Time), neste caso para uma recuperação económica:
1) Idas ao cabeleireiro
Com o início da crise, o espaçamento entre visitas ao cabeleireiro tende a aumentar, mas quando a situação económica melhora esta tendência rapidamente se inverte.
2) Vendas de roupa interior masculina
Não se riam, este índice tornou-se público muito por causa de Alan Greenspan (sim, o ex-chairman da Fed)! Diz a teoria que quando a crise aperta, as últimas peças de vestuário a serem repostas são as que menos visibilidade têm - roupa interior.
3) Idas ao campo de golf
E não apenas no caso dos mais luxuosos, mas também nos "discount" a que a classe média-baixa pode aceder.
4) Jantares fora
As receitas de restaurantes aumentam, mas mais depressa nos de luxo do que nos de fast food.
5) Roulotes
A venda de caravanas aumenta com a recuperação, sendo o sector de "habitação" que regista maior crescimento.
6) TV Cabo
O número de subscrições aumenta quando a confiança económica recupera.
"Está fácil de ver" que muitas destas poderiam ter sido sugeridas por qualquer repórter da TVI numa reportagem de Telejornal... mas a verdade é que às vezes, até fazem sentido - ou não assentasse a Economia no comportamento humano!
As agências de rating continuam a dar que falar. Um dia depois de a Espanha ter formalizado o pedido de resgate à banca, a Moody's anuncia o downgrade de entre dois e três níveis, para todas as entidades financeiras espanholas.
A justificação dada para a descida do rating prende-se com a elevada exposição aos riscos e à volatilidade dos mercados de capitais, o que corresponde a uma parte da verdade. A outra parte da verdade é que a Espanha já reconheceu essa exposição e já tomou as medidas necessárias para evitar, pelo menos no curto-prazo, um possível colapso do sistema bancário.
Para ser credível, uma diminuição do rating às instituições financeiras espanholas teria que ser efectuada antes do anúncio do pedido de resgate. Este downgrade não tem qualquer fundamento: ao anunciar hoje uma aumento do nível de risco dos bancos espanhóis, a Moody's está indirectamente a dizer que o risco dos bancos espanhóis é maior agora do que antes do pedido de ajuda para aumentar a capitalização dos bancos e outras instituições financeiras. Isto tem algum sentido? Agora que se sabe que os bancos irão aumentar os rácios de capital, é que surge uma avaliação negativa do risco?
Esta diminuição do rating é preocupante no actual contexto macroeconómico. Muitos investidores internacionais, incluindo o próprio Banco Central Europeu, baseiam-se nas agências de rating para decidir onde investir. Desta forma, uma diminuição do rating atribuído a um banco pode resultar imediatamente num corte do financiamento e criar um novo entrave à recuperação económica.
A verdadeira doença, diz-nos hoje o eurodeputado Rui Tavares, é o desemprego na Europa.
Lendo a crónica do historiador, na edição do Público de hoje, não posso deixar de sentir que todos os esforços que fiz até hoje para estudar estes assuntos da Economia foram em vão. Ora diz-nos o representante português que, sobrepondo a "linha do desemprego" à linha do "incumprimento" bancário desde os anos 1980, verificamos que elas "se decalcam perfeitamente".
E é isto. Esqueçam a diferença entre correlação e relação de causalidade. Esqueçam também a Econometria, a Estatística. Vamos todos voltar à escola primária, munidos de lápis de cor, desenhamos umas "linhas" e conseguiremos assim explicar porque é que o desemprego é alto em Espanha e os incumprimentos bancários também. E outras coisas mais. E ficaremos todos muito satisfeitos com a conclusão. É uma doença grave, sim.
Geralmente os fins de semana de eleições são fins de semana divertidos. A emoção e o nervoso miudinho até à apresentação dos resultados provisórios e finais, os discursos dos vencedores e dos vencedores (porque os vencidos arranjam sempre qualquer coisa para festejar), as coberturas mediáticas em jeito de perseguição garantem uma tarde/noite em cheio.
Mas neste fim de semana há duas eleições que vão ter um impacto chave no mundo como o conhecemos. Na Grécia, decide-se o novo governo e rumo do país. Aparentemente há um empate entre os radicais do Syriza e o partido Nova Democracia. Na primeira volta, ganharam os segundos, mas ainda assim não conseguiram votos suficientes para formar uma maioria "pró-Troika" com o PASOK. Sinceramente não espero que nenhum partido consiga essa maioria, e não espero um resultado muito diferente da primeira volta. No entanto, a asneira de um deputado do partido de extrema direita Aurora Dourada, poderá ser fulcral para o futuro da Grécia, pois pode levar a uma mudança para de votos para os partidos mais convencionais, o que numa jogada de sorte poderá levar à criação da desejada maioria. Os gregos decidem o futuro da Europa!
No Egipto, também há uma segunda volta, e o resultado pode ser tão importante como o caso grego. Neste caso, há dois candidatos completamente distintos, e que não convencem totalmente os egípcios. Na minha opinião, os egípcios vão escolher o mal menor. De um lado está o candidato que representa o antigo regime, o antigo primeiro ministro de Mubarak, Ahmed Shafiq. Do outro está o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammed Morsi, que representa o poder e influência crescente do Islamismo Radical no norte de África. A vitória do primeiro significa que a revolução durante a Primavera Árabe foi ineficaz, enquanto a vitória do segundo pode significar o início de um percurso radical em termos governativos. Obviamente, há uma tensão enorme, e a vitória poderá facilmente cair para cada um dos lados.
Para além disso, na Polónia e Ucrânia, discute-se a classificação final da fase de grupos do Euro 2012. Para Portugal será um fim de semana chave, e como não podia deixar de ser estamos dependentes do que faz a Alemanha para nos qualificarmos. A ver vamos se as coisas correm bem.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) lançou durante o mês de Maio a mais recente versão do “Your Better Life Index”, uma ferramenta interactiva que permite comparar o nível de bem estar da população de um país com base em diferentes critérios. São onze áreas distintas que vão desde a educação, emprego e rendimento à segurança, igualdade de oportunidades e qualidade do meio ambiente.
Navegando pela lista dos vários indicadores disponíveis para Portugal, há um que salta à vista como demasiado mau. O número é o seguinte: na camada da população que tem de 25 a 64 anos, apenas 30% atingiu o equivalente ao ensino secundário, no que se refere à formação escolar. Nem uma pessoa em cada três, dos 25 aos 64 anos de idade, completou o ensino secundário. Este número contrasta com a média de 74% dos países da OCDE e coloca-nos em último lugar deste conjunto de 34 países. A (por estes dias) mal amada Alemanha tem uma taxa de 85%. Suíça 87%, Noruega 81%, França 70%, Grécia 60%. É possível tentar relativizar este número ao apontar que por entre os mais jovens, dos 25 aos 34 anos, a média sobe para 48%. No entanto continuamos muito abaixo da marca da OCDE, com 81% para a mesma faixa etária.
Folheando os jornais ficamos a saber, dia após dia, que o problema de Portugal foi identificado, não sendo já o mesmo do dia anterior. O problema são as empresas. São os trabalhadores (acho piada a esta designação em particular). São os patrões. São os bancos. São os políticos, os tribunais. É o governo e a oposição. O mundo - e o nosso país em particular - muda todos os dias. Há no entanto coisas que mudam muito lentamente. Uma delas é o nível de educação de um povo.
Diria eu que o problema de um sistema complexo como o que governa as várias dinâmicas de uma sociedade é existirem sempre vários problemas. E que a melhor maneira de tornar essa sociedade capaz de decidir o que fazer de si (nem sequer digo de evoluir), é tentando resolver primeiro os problemas que são fundamentais. De que nos vale arrancar cabelos por causa dos incentivos à produção na Cultura (que tanta falta nos faz!), se não somos capazes de definir uma política de Educação que se mantenha por mais de quatro anos? Nem trato aqui de argumentar em favor de uma ou outra política de Educação. Já seria um avanço existir uma.
Quando considero que este é um dos tais problema fundamentais, faço-o pelos seguintes aspectos. Que qualidade de vida podemos atingir, detendo em média habilitações que nos permitem competir apenas com os países que se destacam pelos baixos custos de produção? A situação é tanto mais grave quanto mais acentuada é a diminuição da criação de valor acrescentado na fase da produção em relação a todas as etapas de criação de um produto (como explicou Sérgio Rebelo na conferência do Católica Finance Club do ano passado). Com baixas competências, somos excluídos dos mercados de concepção e promoção (e venda) de um produto, onde actualmente se encontra a maior fatia da criação de valor. Se é apenas na fase de produção que somos capazes de competir, então temos forçosamente que regredir para os níveis de vida de países em que os salários e condições de trabalho são efectivamente mais baixos.
Mas esta não é a ideia, de resto bastante comum nos dias que correm, de que devemos procurar a escola com vista a futuros proveitos “económicos”. Não poderia estar em maior desacordo. Quem julga que a Democracia se resume a poder dizer o que nos apetece e a colocar um papelinho numa urna de quatro em quatro anos, dificilmente estaria mais enganado. Não a atingiremos sem primeiro cuidarmos de educar o nosso espírito. É também por isto que ainda não a atingimos em Portugal.
Em Istambul, no encontro anual do World Economic Forum, ouvi pela primeira vez o conceito "growthsterity", a conjugação das palavras inglesas para crescimento e austeridade. Em teoria, trata-se de combinar uma política orçamental com carácter contracionista, reduzindo o peso do Estado na economia para diminuir a dívida pública e o défice orçamental, com políticas orientadas para promover o crescimento económico.
Em prática, esse conceito não existe, pelo menos não no sentido da palavra. Fala-nos a experiência da Grécia e de Portugal, por exemplo. Estrangulados com as medidas de austeridade postas em prática para ganhar a confiança dos investidores internacionais - aqueles com poder económico suficiente para assustarem um país com a simples ameaça de retirada de capitais dessa economia -, ainda não foram capazes de dar um sinal positivo de crescimento. Pelo contrário, a austeridade apenas tem levado a uma redução mais acentuada do consumo e a um aumento da desconfiança em relação à capacidade política em lidar com a crise. Com a confiança dos consumidores e dos empresários em níveis mínimos, e com um Estado soterrado em dívidas por pagar, o crescimento económico só pode ser conseguido através de uma evolução favorável das exportações líquidas.
Olhemos com particular atenção para o caso português. Portugal é o exemplo histórico de como a intervenção do FMI pode ser bem-sucedida, após ter reencontrado o caminho para o crescimento com os acordos de 1977 e 1983 mesmo com a introdução de medidas de austeridade severas. No entanto, nestes dois períodos estava disponível uma ferramenta de que hoje não dispomos por estarmos inseridos numa suposta União Económica e Monetária: a política cambial. Hoje em dia não dispomos de nenhum meio automático para reduzir o valor da nossa moeda e promovermos um aumento das exportações líquidas. Ou seja, a desvalorização cambial, usada em 77 e 83, não nos vai ajudar desta vez a ultrapassar os efeitos recessivos da austeridade.
A austeridade é inevitável? É, quanto a isso não podem existir dúvidas. A taxa de crescimento do PIB per capita real da economia entre 2001 e 2010 foi de apenas 0.71% (IMF - World Economic Outlook database, Abril 2012) - não, não é a taxa de crescimento média anual, é mesmo a taxa de crescimento total do período. A juntar a esta década perdida em termos de crescimento económico, associa-se um aumento da dívida pública de cerca de 51% do PIB em 2001 para 107% em 2011 e sucessivos défices comerciais e orçamentais. Chegou a altura de estes desequilíbrios serem corrigidos; não podemos esperar continuar a obter financiamento externo se não mostramos que somos capazes de gerar rendimento económico suficiente para assegurar o cumprimento da dívida.
Enquanto o nosso Estado não corrigir a fraqueza das finanças públicas, a austeridade torna-se inevitável. Mas há que saber gerir a dose de austeridade, quando é aplicada em excesso pode ser prejudicial e levar a um efeito contrário do que se pretende - é o caso em que a cura mata o paciente, e, se não tomarmos cuidado, acabaremos por ser o doente que morreu por negligência do médico. Ainda não chegou a altura de pôr o multiplicador keynesiano em acção. No entanto, assim que os mercados perceberem que estamos no bom caminho para a redução dos desequilíbrios públicos, será a altura de utilizar as ideias de John Maynard Keynes para o pós-1929:
"If the Treasury were to fill old bottles with banknotes, bury them at suitable depths in disused coalmines which are then filled up to the surface with town rubbish, and leave it to private enterprise on well-tried principles of laissez-faire to dig the notes up again (the right to do so being obtained, of course, by tendering for leases of the note-bearing territory), there need be no more unemployment and, with the help of the repercussions, the real income of the community, and its capital wealth also, would probably become a good deal greater than it actually is. It would, indeed, be more sensible to build houses and the like; but if there are political and practical difficulties in the way of this, the above would be better than nothing."
(in The General Theory of Employment, Interest and Money)
Assim que os mercados demonstrarem confiança no governo português, será altura de injectar dinheiro na economia e fazer aumentar a procura agregada. Claro, sem cometer os erros do passado e assegurar um investimento produtivo.
O índice de felicidade sempre me intrigou. É daquelas coisas que na prática nunca ninguém sabe explicar muito bem mas sobre o qual tem graça falar.
Mais uma vez li um artigo sobre o assunto, e desta vez sempre são mais específicos - ainda que óbvios.
Resumidamente ter dinheiro, trabalhar e ser cool (empreendedorismo no ponto 9) tornam as pessoas mais felizes, mas como tudo o que é de mais, a partir de determinado nível a "felicidade marginal" é decrescente e, até negativa. Gosto particularmente do exemplo: part-time, full-time, Jesus-when-will-this-day-finally-end work, com a forma de "inverted U relationship".
No fundo, acho que o artigo é interessante porque resume bem o assunto. Por outro lado o eixo do gráfico refere o GDP em 2003... Será que depois da crise o panorama se alterou muito? (Não esquecendo o crescimento das economias emergentes.)
ARF
A saída da Grécia da zona euro poderá ser o fim de uma União Económica e Monetária. Wolfgang Münchau, colunista do Financial Times, apresenta-nos algumas sugestões para evitar este fim, que podem ler aqui.
Caso a Grécia se mantenha na zona euro mas as sugestões apresentadas (para reforçar o sector bancário, o poder do BCE ou para emitir obrigações europeias) não sejam postas em prática, será de esperar que o país entre em default e que o sistema bancário europeu enfrente graves dificuldades. Será preciso reforçar o Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira para auxiliar países como a Espanha e a Itália, mas a pergunta que se levanta é onde se irá encontrar o dinheiro necessário para conseguir resgatar duas das maiores economias europeias. Ou serão estes dois países demasiado grandes para serem resgatados?
É preciso mais do que nunca que as economias principais da zona euro dêm um novo rumo à crise da dívida soberana. Os mercados estão fartos de esperar. Já se está a assistir a uma fuga de capitais e de investimento directo estrangeiro e se esta fuga não for travada o futuro da UEM poderá estar em causa. Há que consolidar e reunir esforços para evitar esta situação. Esses esforços devem certamente partir dos países mais afectados pela crise, que são forçados a pôr as contas em ordem. E devem os países bem comportados ajudar os países irresponsáveis, que não foram capazes de evitar uma derrapagem das contas públicas? Se o objectivo for salvar o euro, acho que não há outra solução. Deveria ser esse o propósito de uma União Económica e Monetária.
Um dos grandes mistérios que tem atravessado a minha vida é o propósito da Praça do Comércio. Uma praça ampla, majestosa, junto ao rio, é, para mim, um sítio triste e sem interesse. Pouco mais acontece por lá que a correria dos que para o trabalho vão e voltam, as chegadas da Troika, os turistas a olhar para os lados, ou as variadas gravações de filmes evocativos da madrugada do 25 de Abril.
Esta paisagem habitual, é esporadicamente violada por acontecimentos inesperados e quase sempre patrocinados por grandes empresas em Portugal: se primeiro foi a árvore de Natal de um afamado banco português (a maior da Europa, mas que era batotice porque era em ferro), é agora a vez de uma grande cadeia de distribuição fazer por lá o seu quintal ao qual juntará cantores famosos e feiras de produtores artesanais.
Quem não gostou da ideia, segundo o jornal Público foram os vereadores da câmara de Lisboa, porventura mal habituados a ver outro tipo de animais numa fauna que normalmente é sua, seja através da câmara que está ali bem perto, ou dos ministérios que cobrem a dita praça (ver notícia aqui). Diz-se na noticia que um dos problemas levantados, neste caso pelo movimento de Helena Roseta, é o Terreiro do Paço ser usado para fins comerciais. Acredito que a escolha de palavras foi sensata: não usar a Praça do comércio para fins comerciais seria estranho. Os restantes argumentos podem ser lidos na noticia.
Se aos vereadores o que perturba mais é a colocação de porcos e outros animais que poderão, entre outras coisas, estragar o piso do Terreiro do Paço, a mim o que perturba é a luta de galinhas por um poleiro que insiste em não ser passado aos cidadãos de Lisboa: se estiverem tantas pessoas como na edição passada, vão passar pela Praça do Comércio cerca de meio milhão de pessoas. Não era interessante que estas pessoas (e outras) gostassem de ir com mais frequência passear para a dita praça em vez de aumentarem as suas frustrações consumistas noutros espaços de Lisboa? Acredito que sim, e acredito que até o Marquês que mudou o Terreiro do Paço para Praça do Comércio com o intuito de aumentar a fauna animal para além de pavões me apoiaria. Não deixa de ser irónico que seja uma marca a mostrar isso aos vereadores. Se calhar é isso que os revolta tanto...